quinta-feira, 23 de junho de 2011

GYPSY PUNK

GYPSY PUNK



Gogol Bordello é uma banda multiétnica de gypsy punk formada em Nova Iorque em 1999. Tornou-se conhecida por seu som, batizado como Gipsy Punk, que mescla música cigana do leste europeu, influências folclóricas eslavas e punk rock; e por suas performances teatrais envolvendo dança e arte de rua. (wiki)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O Nascimento do canto coral no vale do Sinos



O Nascimento do canto coral no vale do Sinos

Num lugar de aspecto tão triste e deprimente, era natural que as pessoas sentissem solidão. Os pensamentos se voltavam ao passado. As imagens da pátria distante surgiam, a nostalgia se instalava e a tristeza invadia as almas. Mas o alemão tem um remédio poderoso e eficiente contra tudo isso: é a música ("Quem canta seus males espanta"). As noites de inverno, em sua terra natal, chegavam a durar quase vinte horas. Não havia cinema, rádio e nem televisão, todos os inventos modernos, que pudessem distrair as pessoas. Era preciso criar algo e eles criaram. Fundaram corais, bandinhas de música e orquestras. Esta tradição trouxeram os imigrantes consigo e se serviram dela para espantar a solidão, combater a saudade e minimizar a nostalgia. Era preciso reagir. E eles reagiram com as armas que possuíam. Nos encontros, em fins de semana e aos domingos, na "venda", para deliciar-se com uma cerveja, no encontro com os amigos, o álcool subia à cabeça e a saudade descia ao coração. Vinham as lembranças da querência distante e as melodias conhecidas e trazidas na memória brotavam do fundo da alma. Os mais talentosos cantavam em duo, um baixista se juntava e o coral começava a nascer. Dali em diante para formar um coral, apenas um passo. Foi o que aconteceu, pela primeira vez, na Colônia Alemã de São Leopoldo, no antigo Porto das Telhas, ou no "Passo", e ainda na versão dos imigrantes, no "Stadtplatz" (lugar da cidade), hoje São Leopoldo. Uniram-se oito pessoas, amantes da música, formando um quarteto duplo. Eram quatro tenores, dois barítonos e dois baixos. "Eles cantavam, cantavam, porque tinham um pendor e gosto natural, trazido de sua terra de orígem, pela arte do som e da harmonia, cantavam, porque uma força irresistível, arraigada profundamente, transmitida e apurada através de muitas gerações, os impelia a cantar, a expandir por essa forma, todos os sentidos de alegria e de dor, que lhes brotavam abundantes e puros da alma e do coração." *


Fleck, Lúcio. A Saga do Vale - História da Imigração Alemão no Vale do Rio dos Sinos - Vol. 1, Edição do autor: Sapiranga, p. 289


* Petry, Leopoldo. São Leopoldo Berço da Colonização Alemã do Rio Grande do Sul - Vol. 2, Oficinas Gráficas Rotermund S. A.: São Leopoldo, p. 122

domingo, 5 de junho de 2011

ECOLOGIA E ECOFILIA

ECOLOGIA E ECOFILIA

Um paradigma de amor                                                                


“...Segundo a tradição profética andina, vivemos tempos especiais, tempos úl-timos, e simultaneamente uma época preciosa de transição, um momento em que a escuridão se apresenta mais escura, como convidando-nos a trocarmos o vestuário, a vestirmo-nos de luz, a nos tornarmos pirilampos enfeitando a noite. ...” (Chamalu – xamã andino)


“Bons planetas são difíceis de encontrar” é um emblema totalmente adequado à uma visão ecológica da Terra. Transliterando-o para uma visão ecofílica de Gaia, seria adequado dizer: “Um bom planeta é difícil de construir”?    

Este é um convite a iniciação, no sentido místico da palavra, que coloca em um dos teus corpos a chave de acesso a um conhecimento ou prática. Ou no pro-saico sentido de iniciar-se a jornada. É um convite a auto-convocação; a volun-tariar-se, a assumir um compromisso eterno, a uma transformação total e ina-pelável.

Torna-te um amante da PACHAMAMA (quíchua = mãe terra, universo). Retira os óculos que turvam a tua visão, arranca os tampões que colocastes em teu nariz e ouvidos e que te impedem de cheirar e ouvir direito, sensibiliza a tua pe-le para as novas sensações, e sobretudo apazigua-te com o teu ego, rompe as couraças do teu coração e sente como é realmente a Pachamama.

Saiamos juntos a passear sobre o corpo da nossa mãe, vamos deitar  na relva, abraçar as árvores, ouvir as pedras, sentir os rios... Permitamos que esse “novo” contato com a nossa mãe transmute em nós o sentimento utilitário de ter um planeta limpo para o nosso uso. E o transforme em amor incondicional a Pachamama. Então ela começará a mostrar-se como é de fato: linda! Visão que poucos até  hoje lograram ter, mas que é possível a qualquer um que aceite a iniciação.

Gaia e seus sistemas beiram a falência e nosso interesse em tê-la limpa não basta para salvá-la. Somente o nosso amor poderá recuperar o planeta. So-mente o nosso amor reviverá a Pachamama. Somente o nosso amor trará de volta a maravilhosa mãe que nos alimentará do leite sagrado de suas tetas túr-gidas e belas.

Irmão: alia-te aos amantes e aceita a iniciação! Diga/sinta no fundo do teu coração:

EU ME AUTO-CONVOCO UM AMANTE DA PACHAMAMA!
EU SOU UM AMANTE DA PACHAMAMA!
EU SOU UM COM A PACHAMAMA!

Júlio - 
Primavera/2002                        


Texto plubicado no site Xamanismo (
http://xamanismo.com) do clã Lobos do Cerrado quando Jaguar Dourado honrou-me adicionando ao meu nome "Um Guerreiro do coração".